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31/05/2011

"PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL" ESTÁ PRONTO

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Caros amigos, com imensa alegria, informo a vocês que acaba de ficar pronto o livro Pelos caminhos da Estrada Real, que relata as minhas andanças, realizadas em 2009, por essa parte da geografia e da história do Brasil.

Abaixo, está a capa do livro, que tem mais de uma centena de fotos coloridas e o relato da minha experência na passagem por cada uma das quatorze cidades que tive a oportunidade de conhecer e vivenciar.

Abaixo da foto da capa, está o prefácio redigido pelo amigo Fernando Brant, a quem agradeço muito pelas palavras.

Quem tiver interesse e quiser saber mais sobre o trabalho, favor contactar o e-mail giostrieditora@gmail.com

Forte abraço para todos!

Felipe Cerquize
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     Clique na capa para ampliá-la

PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL

PREFÁCIO

"O poeta resolveu viajar pelos caminhos de Minas. Quando um poeta viaja, a geografia é outra, é real e imaginária, sonhada e criada.

Felipe pôs o pé na poeira e o carro no asfalto para conhecer a Estrada Real, o caminho velho, que sai de Paraty, e o caminho novo, nascido no Rio de Janeiro. Os dois com a mesma direção, Diamantina, nas portas do vale do Jequitinhonha, e com um encontro marcado no meio: o arraial de Vila Rica.

Poetando sobre o que restou do ouro e dos diamantes de Minas, Felipe constatou o que há de tradição e cultura, afeto e humanidade por aqueles arredores. Passeou pelas cidades calçadas de pedra, arte e fé. Em sua trajetória, não lhe bastou, porém, o objetivo inicial. Já que estava por aquelas bandas, enveredou-se pelo território roseano das minas e dos gerais. Foi se graduar em Minas e em mineiro. Subiu montanhas e se lavou nos ribeirões. E andou mais ainda, indo de Drummond a Milton Nascimento, de Aleijadinho a Athayde; do Circuito das Águas, de sua infância, até a ponte que separa Maringá de Minas de Maringá do Rio.

O relato desse caminhar de Felipe Cerquize merece ser lido e visto."

Fernando Brant

09/05/2009

ESTRADA REAL IV

ARTESANATO NA PAREDE DE UMA LOJA EM BICHINHO
BICHINHO (MG)
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No dia 17 de janeiro de 2009, atravessei o Largo das Forras e saí do centro histórico de Tiradentes rumo ao único posto de combustíveis da cidade, caminho que, na sua continuidade, conduz o turista ao pequeno distrito de Vitoriano Veloso, mais conhecido como Bichinho. É uma localidade distante cerca de 8 Km de Tiradentes, famosa pela qualidade e pela criatividade das obras dos artesãos que estabeleceram comércio por lá. A estrada não é boa, mas como o trajeto é curto, vale a pena encarar essa adversidade.
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O início da fama foi em 1991, na Oficina de Agosto, com o artista plástico Toti, que ainda restaura móveis e produz quadros e esculturas de material recolhido de demolições. Do ferro, Bageco faz lustres e arandelas. Bonecas de cabaça e de papel marchê são produzidas por Marcello Maia. Carmem tem colchas de retalho, capas de almofada, toalhas bordadas. É possível encontrar galos ciscando em quintais com capim viçoso e um Tiranossauro rex prestes a atacar turistas menos atentos. A vila é pequena e por isso fica fácil encontrar os ateliês, que costumam fechar por volta das 16:00 h.
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O Museu do Automóvel fica no meio do caminho entre Tiradentes e Bichinho. Recomendo que a visita seja feita na volta, sem estresse, pois existem antiguidades muito interessantes nos dois galpões que abrigam mais de 100 carros com anos de fabricação a partir de 1928. Há automóveis que já foram estrelas de comerciais e outros que foram alugados para novelas de época da Globo. A jardineira que faz o passeio noturno em Tiradentes (ver Estrada Real II) pertence ao Museu do Automóvel e é alugado para esse serviço.
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Para quem quiser almoçar durante o passeio, há algumas opções no centro de Bichinho e na estrada de acesso. A mais interessante delas, na minha opinião, é o restaurante Pau de Angu, que fica A 5 Km do centro do pequeno distrito.
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VITORIANO VELOSO
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Nada aqui se perde,
tudo aqui se cria
a partir da transformação.
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De um lado tijolo quebrado,
do outro a reconstrução.
É a lei dos homens
sem a lei do cão.
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É a lei dos bichos,
são nossos caprichos
querendo os detalhes
de um novo artesão.
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São fauna e flora
fazendo a hora.
Só assim se tem
uma revolução.
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Felipe Cerquize

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