POESIAS DA ESTRADA REAL XIV

O QUE FICOU
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Quanta história ficou para contar
por mim e por toda essa gente boa.
Causos dos caminhos de Minas,
ritos em vielas clandestinas.
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Ladeiras, becos e praças.
Mundo barroco,
santo do pau oco.
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O sangue escorrendo pelo chão,
confundindo a cidade com o homem,
instigando a crença e o mito,
misturando a fumaça e o apito.
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De tudo o que vivi em Minas,
ficou a poesia na minha memória,
ficou a canção da profissão inglória.
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O ar, a poeira, a chuva, o vento.
O prazer de ter você ali comigo,
fazendo a releitura de nossas próprias vidas,
em dias de aventuras e noites bem-dormidas.
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Felipe Cerquize
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