30/03/2012

"TUDO POR NADA" NO CD "AMORES"

Nilson Chaves
O amigo Nilson Chaves informou-me, hoje, que a nossa parceria intitulada "Tudo por nada" fará parte do seu próximo CD, que está para ser lançado por um selo japonês e deverá se chamar "Amores". Click aqui para ouvir essa nossa parceria ainda numa versão preliminar à que será efetivamente gravada por ele.
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Só tenho a agradecer ao Nilson por essa oportunidade.
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TUDO POR NADA
Música: Nilson Chaves
Letra: Felipe Cerquize.
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Se juntarmos um pouco de tudo,
um pouquinho, quase nada,
haverá um conteúdo,
um tipo de emboscada,
obtuso, grave, agudo.
face multifacetada.
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Se pusermos o pingo no jota,
mas em palavras erradas.
Se as asas da gaivota
um dia forem cortadas,
mudarei a minha rota
para ouvir outras toadas
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E quem sabe lá eu tenha
um pouco do que preciso?
E quem sabe lá eu venha
a morar no paraíso?
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Se juntarmos bastante de nada,
abrangendo quase tudo,
a vida será testada
e quem sabe transformada
no seu próprio conteúdo.

27/03/2012

TONHO E CACAU

Tonho e Cacau existem,
além da capa,
além do mapa,
além dos tapas
que a vida lhes deu.
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E eu quero e posso crer
no homem de boa fé,
que sustenta filho e mulher,
que sua no sol a pino,
esquecendo que foi menino.
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Que sofre a cada labuta.
Um pobre filho da terra,
que mesmo acertando erra
o alvo que não desfruta.
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Que não reconhece a si mesmo
na imagem que está congelada
por mais de quarenta anos.
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Que não teve perdas nem danos,
porque não sabe o que é isto.
Que se protege em Cristo
pra viver um novo dia.
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Que não sabe de sua importância
e não tem a menor ganância
pra querer exigir mais.
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Tonho e Cacau existem.
Muito aquém da Trapobana,
na mesma Região Serrana.
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Onde não existem sonhos,
onde não existe festa,
onde não existe luz,
onde não existe povo
depois que a noite esfriou.
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Felipe Cerquize
26/03/2012


Tonho e Cacau




24/03/2012

OS GAROTOS DA CAPA DO DISCO 'CLUBE DA ESQUINA'

Tonho e Cacau 40 anos depois
OS GAROTOS DO 'CLUBE DA ESQUINA'
Ana Clara Brant – EM Cultura
Carlos Marcelo – Estado de Minas
Tulio Santos (foto) – Estado de Minas
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“Você já ouviu falar em Tonho e Cacau? Ou quem sabe em José Antônio Rimes e Antônio Carlos Rosa de Oliveira? Provavelmente não, mas certamente já deve ter se deparado com a fotografia deles por aí. Isso porque os dois Antônios ilustram a capa de um dos discos mais importantes da história da música brasileira: o Clube da Esquina. Passados 40 anos que a câmera de Carlos da Silva Assunção Filho, o Cafi, registrou os dois meninos sentados na beira de uma estrada de terra perto de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, o Estado de Minas conseguiu localizá-los depois de uma busca que envolveu dezenas de pessoas e teve histórias saborosas.
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Durante bom tempo, muita gente chegou a achar que as duas crianças da capa do LP seriam Milton Nascimento e Lô Borges, mas os próprios artistas sempre desmentiram. “A gente chegou a ir atrás deles, mas era muito difícil localizá-los. Eles devem ter caído no mundo”, declarou Cafi antes de a reportagem botar o pé na estrada rumo a Nova Friburgo. Na verdade, “Lô” e “Milton” praticamente nunca deixaram a região conhecida como Rio Grande de Cima, na zona rural da cidade fluminense, onde nasceram e cresceram.
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José Antônio Rimes tem 47 anos e curiosamente exerce o ofício de recompositor, responsável por encaixotar, organizar e distribuir as mercadorias na seção de congelados de um supermercado da cidade. Apesar de a reportagem ter percorrido quilômetros até chegar a Tonho, como é conhecido, ele trabalha a um quarteirão do hotel onde estávamos hospedados. O encontro com o “menino branquinho do disco”, como ficou conhecido, foi cercado de expectativas. Os colegas do supermercado já sabiam da história e quando o recompositor chegou até se assustou: “Que tanto de gente é essa? Por que está todo mundo parado?”, espantou-se. Quando viu a capa do disco, não titubeou: “Oh, sou eu e o Cacau. Como é que vocês conseguiram isso? Quem tirou essa foto? Eu me lembro desse dia”, revelou.
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Antônio Rimes recorda que estava brincando em um morro de terra removida pelos tratores que ficava próximo a um campinho de futebol, quando Cafi e Ronaldo Bastos passaram dentro de um Fusquinha. “Alguém do carro me gritou e eu sorri. Estava comendo um pedaço de pão que alguém tinha me dado, porque eu estava morrendo de fome, e para variar descalço. Até hoje não gosto muito de usar sapato. Mas nunca soube que estava na capa de um disco. A minha mãe vai ficar até emocionada. A gente nunca teve foto de quando era menino”, disse Tonho, que nunca ouviu falar em Milton Nascimento, tampouco em Clube da Esquina. “É aquele moço que foi ministro?”, indagou.
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Já Antônio Carlos Rosa de Oliveira, de 48 anos, o Cacau, conta que não se lembra do exato momento da foto, mas que anos depois, quando morava em Macaé, no litoral norte do estado do Rio, se deparou com a capa do Clube da Esquina em uma loja de discos e desconfiou que se tratava dele mesmo. “Coloquei a mão sobre a minha foto e fiquei reparando aquele olhar. Achei que era eu mesmo e acabei comprando o CD, porque o LP não tinha mais. Até queria um para poder guardar”, frisa Cacau, que durante toda a reportagem não se desgrudou do álbum que pertence a um dos jornalistas do Estado de Minas . “Vou roubar este pra mim”, brincou.
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Cacau e Tonho nasceram na fazenda da família Mendes de Moraes, na zona rural de Nova Friburgo, onde os pais trabalhavam como lavradores. Não desgrudavam um do outro e aprontavam bastante, segundo o relato de parentes e vizinhos que ajudaram a reconhecê-los. Jogavam futebol, bola de gude, pegavam frutas nas vendas da região, nadavam na prainha do Rio Grande e nas cachoeiras. Ficaram muito próximos até os 20 anos, quando as famílias acabaram se mudando para bairros diferentes de Nova Friburgo. Tonho ainda vive na cidade com a mãe, a esposa e as duas filhas, mas Cacau se mudou recentemente para Rio das Ostras, na Região dos Lagos, onde presta serviços como jardineiro e pintor.
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Mesmo morando a 100 quilômetros de Nova Friburgo, topou reviver com o amigo a clássica fotografia da capa do Clube da Esquina. Não foi fácil localizar o exato lugar, já que a região do Rio Grande sofreu muito com os efeitos da tragédia de janeiro do ano passado e com o tempo. “Isto aqui mudou demais, então não dá para precisar. Quarenta anos não são 40 dias”, filosofou Cacau. Apesar do sol escaldante e da posição desconfortável, eles não se importaram de posar para a máquina fotográfica. “Quer que eu tire o sapato pra ficar parecido? Adoro ficar descalço mesmo! Se tiver um pão, também pode me dar”, pediu Tonho, dando gargalhadas.
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Surpresa
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A princípio, Tonho e Cacau ficaram ressabiados com a história de estamparem a capa de um LP e ao saber que a imprensa estava atrás deles. As famílias também desconfiaram. A mãe de Tonho, dona Aparecida Rimes, de 69 anos, a toda hora ligava para saber do filho, com receio de ele ter sido sequestrado. “A gente nunca viu isso por aqui. Mas agora que vocês chegaram à cidade estão dizendo que meu filho está até no computador. Fico preocupada”, admitiu a aposentada.
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Cacau revela que só se deslocou de Rio das Ostras para Nova Friburgo porque achava que tinha alguma pendenga familiar para resolver. “Pensei que era coisa de pensão de ex-mulher. Essas coisas. Não acreditei muito nessa conversa de repórter não”, justificou o jardineiro, que é fã de MPB e conhece a obra de Bituca. “Gosto muito de Canção da América. É muito bonita. Mas o que vai acontecer agora que o povo vai descobrir que esse menino do disco não é o Milton Nascimento? Será que vão achar ruim comigo?”, questionou receoso.
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Apesar de não compartilharem a intimidade de outrora, vez por outra eles se esbarram por Nova Friburgo e colocam o papo em dia. “A gente não tem tempo, fica nessa correria de trabalho, família. Eu fico no serviço das 6h às 18h, então complica demais encontrar com o pessoal. Cada um tomou o seu rumo, mas sempre que a gente se vê é uma farra. Amigo é amigo, né? Para toda a vida”, destacou Tonho.
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O clube da busca
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Foram necessárias, pelo menos, 53 pessoas para chegar até os dois “garotos”. Porém, algumas tiveram um papel fundamental. O desenrolar do fio da meada se deu quando, a pedido do Estado de Minas, um jornalista de Nova Friburgo, Wanderson Nogueira, anunciou na rádio local sobre a procura. Uma ouvinte da região, a costureira Rogéria dos Santos, de 56 anos, entrou em contato com a reportagem, comunicando que nunca tinha ouvido falar da história do disco, mas conhecia muitos moradores da zona rural que poderiam auxiliar na busca.
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Rogéria dos Santos nos levou até a auxiliar de produção Gilcelene Tomaz Ferreira, de 33 anos, pois muitos da cidade desconfiavam que o menino negro do Clube seria alguém da família dela, filho de Severino, um antigo lavrador. Por indicação da mãe de Gilcelene, Helena, chegamos até Erasmo Habata, floricultor da região. Com o LP na mão, assegurou: “Este pretinho não é filho do Severino. Mas este mais branquinho é filho do Laerte Rimes, um lavrador da região. E deve ser o Tonho”, frisou. Outras indicações – pistas falsas – nos levaram a checar várias pessoas, entre elas um paciente internado em clínica psiquiátrica e até um foragido da Justiça.
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Na manhã seguinte, partimos atrás de um casal que morou mais de 30 anos na região e conhece todo mundo: a dona de casa Elizabeth Fernandes Silva, de 58 anos, e o pedreiro Fernando da Silva, de 62. “Na época, a dona Querida, que é a mãe do Ronaldo e do Vicente Bastos, lá da Fazenda Soledade, nos mostrou essa foto num pôster. Sempre soube que eram o Tonho e o Cacau. Não temos dúvidas que são eles, porque eles viviam juntos pra cima e pra baixo”, apontou Beth. “Os dois conservam aquele jeitinho. São eles sim e acho que eles vão ficar muito felizes”, opinou Fernando.
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E em menos de 24 horas, com a ajuda da população local, finalmente estava desvendado a identidade dos dois meninos da capa do Clube da Esquina. “A gente fica até emocionado. Eles mereciam ser descobertos. É um reconhecimento mesmo com tanto tempo”, resumiu Rogéria dos Santos.”
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Publicação original do Estado de Minas
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O Festival de Inverno de Ouro Preto, em 2009, homenageou o Clube da Esquina. Naquele ano, estive presente no festival e fiquei na casa do parceiro Márcio Borges. Aproveitei para fazer uma série de perguntas para ele sobre o Clube e uma delas foi sobre a capa do disco Clube da Esquina. Só então fiquei sabendo que a foto foi tirada na Região Serrana do Rio de Janeiro, no caminho para a fazenda da família de Ronaldo Bastos.
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Bom saber que Tonho e Cacau continuam por aí, firmes e fortes. Aliás, "Tonho e Cacau" seria um nome bastante interessante para uma próxima canção de alguém do Clube. Bastante representativo, pelo menos.
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Abraços!
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Felipe Cerquize
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18/03/2012

DESTINO

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Hoje, o destino marcou
um encontro comigo.
Não sei o que ele quer de mim,
não sei do que ele está a fim.
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Eu me preocupo com ele,
que se faz de desentendido.
Preciso aprender como fazer
para ser o seu melhor amigo.
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Hoje, o destino me acenou
de um jeito meio estranho.
Não sei se eu perco com isso,
não sei se com isso eu ganho.
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Não sei se ele joga com cartas marcadas,
não sei se é visão de futuro.
Só sei que marcou um encontro comigo,
como ossos de um velho ofício.
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Não haverá desperdício.
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Felipe Cerquize
 

04/03/2012

"PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL" NO JORNAL WEBMINAS

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No dia 02/03/2012, a colunista Tetê Rios escreveu sobre o livro "Pelos caminhos da Estrada Real" no Jornal WebMinas, um jornal virtual com grande acesso em Minas Gerais. Confiram clicando aqui.
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Capa e contracapa do livro "Pelos caminhos da Estrada Real"
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20/02/2012

SUPLICY NO CARNAVAL DE SÃO LUIZ DO PARAITINGA (SP)

Este ano, optei por passar o Carnaval na cidade histórica de São Luiz do Paraitinga (SP). A festa de rua nessa cidade é fantástica, com muitos blocos e concurso de marchinhas. O que eu não esperava era encontrar com o senador Suplicy, no meio de uma roda, recitando poesias e cantando "Blowin' in the wind". Naturalmente, registrei o fato e ainda tirei uma foto com ele, claro. Depois que subir com o vídeo para o You Tube, informo o link aqui.

Suplicy cantando "Blowin' in the wind" no Carnaval de São Luiz do Paraitinga (SP)

Aproveitei para tirar esta foto com o senador Suplicy

13/02/2012

NOEL, NELSON & NUCCI

Ontem, encontrei com Claudio Nucci e ele me apresentou o recém lançado CD Noel, Nelson & Nucci, cuja capa vocês podem ver logo abaixo. São 12 canções, sendo quatro de Noel (Três apitos, Conversa de botequim, Palpite infeliz e Tarzan), quatro de Nelson Cavaquinho (Folhas secas, Minha festa, Quando eu me chamar saudade e Cuidado com a outra) e quatro de Claudio Nucci (Polícia montada, Noel, Metades e Integridade). A faixa nº 12, Integridade, é uma parceria minha com Claudio, que gostaria que vocês ouvissem. Basta clicar no link http://snd.sc/rrBZno


Capa do CD "Noel, Nelson & Nucci"


OUÇAM A ENTREVISTA NA RÁDIO UFMG

A entrevista que fiz para o programa Universo Literário da Rádio UFMG Educativa, sobre o livro Pelos caminhos da Estrada Real, já está disponível. Basta acessar o link http://t.co/OZ8WLEBZ para ouvi-la. Estão todos convidados. Obrigado.

Logo da Rádio UFMG


03/02/2012

ENTREVISTA NA RÁDIO UFMG EDUCATIVA

Logo da Rádio UFMG
 
Caros amigos, fui convidado pela Rádio UFMG Educativa para uma entrevista sobre o livro "Pelos caminhos da Estrada Real" e gostaria de tê-los como ouvintes. A conversa acontecerá no próximo dia 07/02/2012, às 09:15 h. Além da sintonia na frequência 104,5 FM, em Belo Horizonte, a entrevista também poderá ser ouvida em qualquer canto do planeta pela internet. Para isto, basta acessar o link http://www.ufmg.br/online/radio/arquivos/002140.shtml na data e horário acima informados. O programa chama-se Universo Literário e é conduzido pela jornalista Rosaly Senra.

Outras informações sobre a Rádio UFMG Educativa poderão ser lidas no link http://www.ufmg.br/online/radio.  

31/01/2012

NOVA PARCERIA COM NILSON CHAVES

O cantor e compositor paraense Nilson Chaves

Hoje, cheguei do trabalho, acessei a minha caixa de mensagens do Outlook e lá estava esta bela música de Nilson Chaves para a poesia "Alegre abandono". Quero compartilhar esta alegria com vocês. É a terceira parceria que tenho o privilégio de fazer com esse mestre da MPB. A canção está no link http://snd.sc/xyckKG e a letra logo abaixo.

ALEGRE ABANDONO
Música: Nilson Chaves
Letra: Felipe Cerquize

O grito no escuro,
o porto seguro,
a fé no futuro
com o pé no chão.

O abraço do amigo,
o sonho contigo.
Notar o perigo
sem explicação.

O sexto sentido,
o ente querido,
o passo perdido
pela tentação.

As noites sem sono,
das letras sem dono,
no alegre abandono
da inspiração.
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A luta diária,
a dor sectária
na pequena área
da obstinação.
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A herança pro filho
que aperta o gatilho
de um velho estribilho
na nova canção.

O beijo na boca,
tua língua louca,
a palavra rouca
feito palavrão.

O mundo é pequeno,
puro e obsceno
no agito sereno
da imaginação.

A vida fascina,
congela e calcina,
engrossa e afina,
e nada é em vão.

25/01/2012

PARCERIA COM MENESCAL SERÁ GRAVADA EM CD

Roberto Menescal nos corredores do seu estúdio na Barra da Tijuca
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Esta semana, tive a grata satisfação de saber, por Roberto Menescal, que nossa parceria "Energia Feliz" será gravada num CD em que quatro cantoras o homenagearão. O trabalho deverá se chamar "Elas cantam Menescal" e as dez músicas do repertório foram selecionadas pelas meninas que as interpretarão, a partir de uma grande lista que foi passada a elas pelo mestre. Da minha parte, uma alegria imensa e o agradecimento incomensurável pela oportunidade. Abaixo, está a letra e no link http://snd.sc/iSKgMR a canção, numa gravação preliminar feita pelo Menescal.
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ENERGIA FELIZ
Música: Roberto Menescal
Letra: Felipe Cerquize
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A felicidade pode dizer
quantas ondas há no mar,
quantos barquinhos
vão a navegar.
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Quantos grãos estão na areia,
quantas nuvens vão no ar,
quantas gotas de chuva
deixam o arco-íris brilhar.
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O sol de uma linda manhã
faz acontecer.
Os seus olhos claros
encontram os meus.
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Ah!
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Uma energia feliz
que navega até o entardecer.
entre estrelas-do-mar
que ascendem e ficam no céu.
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Simplesmente,
não haverá o amor
se não houver uma nova manhã
esperando por nós
sem que possamos perceber.
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Ah!
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A felicidade poderá (repetidas vezes)
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22/01/2012

"A MÚSICA SEGUNDO TOM JOBIM"

Cartaz do filme "A música segundo Tom Jobim"

Ontem, fui assistir ao filme "A música segundo Tom Jobim". Para quem quiser relembrar gravações antológicas de suas músicas nas vozes de Sarah Vaughan, Frank Sinatra, Elis Regina, Ella Fitzgerald, Silvinha Teles, Nara Leão, Sam Davis Jr e outros nomes consagrados, é uma ótima pedida. Além do mais, existem passagens pouco conhecidas, que enriquecem o conhecimento sobre esse que é um dos maiores músicos brasileiros de todos os tempos.
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SINOPSE: "O extraordinário universo da música de Antonio Carlos Jobim não cabe em palavras. Foi com essa ideia em mente e a sensibilidade aguçada que o diretor Nelson Pereira dos Santos, ao lado de Dora Jobim, se dispôs a encarar o desafio de desvendar em filme a trajetória musical do grande compositor brasileiro, autor de uma obra eterna de alcance internacional. Em "A música segundo Tom Jobim", os diretores escolheram o caminho sensorial da imagem e do som para exibir o trabalho do músico considerado, ao lado de Heitor Villa-Lobos, um dos maiores expoentes de todos os tempos da música brasileira. Não há uma palavra sequer no filme. E nem é preciso. Uma sucessão de imagens de grandes intérpretes brasileiros e internacionais, em performances inesquecíveis, e do próprio Tom Jobim, em diferentes momentos, alinhava a trajetória musical do maestro soberano. Está tudo lá: a força e a beleza da sua música as diferentes fases do artista o alcance e a poesia das suas canções sua personalidade musical a importância da sua obra. Tudo conduzido de forma vigorosa e poética sem necessidade de maiores explicações. Apenas o prazer e a emoção de ouvir Tom Jobim".
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Curiosamente, quando eu já estava sentado numa cadeira, na ponta de uma fileira, esperando as luzes se apagarem para o filme começar, um senhor que acabara de entrar no cinema dirigiu-se a mim e perguntou que fileira era aquela em que eu estava. Respondi, quase que mecanicamente, que aquela era a fileira C. Quando acabei de falar e olhei para o rosto do senhor, foi que percebi que quem estava falando comigo era nada mais nada menos do que Ricardo Cravo Albin, estudioso da música brasileira, fundador do instituto Cravo Albin e organizador do maior dicionário da música brasileira atualmente existente, que pode ser acessado pelo endereço http://www.dicionariompb.com.br . Ricardo agradeceu e sentou-se na fileira atrás da minha. Quase puxei assunto com ele, mas preferi deixar para outra oportunidade, que provavelmente não terei. Além do mais, o filme já estava para começar e não poderia ser perdido um segundo sequer de sua exibição, principalmente no caso dele, que foi/é amigo de Tom e de várias outras personalidades que apareceram na película, além de estar, naquele momento, como um profissional.
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19/01/2012

ESTE MÊS NARA LEÃO FARIA 70 ANOS - ONTEM (19/01) FEZ 30 ANOS DO FALECIMENTO DE ELIS REGINA

Felipe Cerquize e Roberto Menescal
Na penúltima vez que encontrei com Roberto Menescal, ele falou muito comigo sobre a amizade que tinha com Nara Leão e o sufoco que foi a tentativa de prolongar a vida dela, depois que ficou doente. Ele teve participação ativa nessa sobrevida da Nara. Ontem, encontrei com o mestre de novo e ele me falou uma porção de coisas sobre a Elis. Contou-me detalhes da produção daquele disco antológico de 1972, que tem "Casa no campo", Atrás da porta", "20 anos blues" etc. Todas as músicas do trabalho foram selecionadas pelo Menescal, que acertou nas moscas de um alvo que ele criou só com moscas. Só estando presente na conversa e participando da riqueza de detalhes, que Roberto Menescal gosta de contar, para entender o que eu digo. Vou descrever rapidamente duas passagens:
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1.Quando procurou Francis Hime para oferecer uma música para esse disco chamado "Elis", de 1972, ele mostrou várias, mas Menescal ficou fascinado em uma canção que era parceria com Chico Buarque, mas que ainda não tinha sido concluída a letra e, por falta de inspiração, a parceria acabou ficando de lado por uns três ou quatro anos. Então, Menescal pegou a canção inacabada, fez uma gravação em estúdio e procurou Chico Buarque para mostrar. Com a introdução, Chico não se deu conta, mas quando começou a letra, ele falou "Peraí! Essa é uma parceria que tenho com Francis, mas que ainda não terminei" "Pois é, Chico" - Disse Menescal - "Estou querendo colocar essa sua parceria no novo disco da Elis". Chico Buarque, então, pegou o que tnha da letra e em cinco minutos, escreveu a segunda parte: "Dei pra maldizer o nosso lar / Pra sujar teu nome, te humilhar / E me vingar a qualquer preço / Te adorando pelo avesso / Até mostrar que inda sou tua...". Completava-se, assim, "Atrás da porta", uma das mais belas parcerias de Francis Hime e Chico Buarque, que se eternizou na voz de Elis.
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2.Depois de ter masterizado o disco acima citado, cuja seleção das canções foi toda de Menescal, ele foi até a casa de Elis para mostrar o resultado. Ronaldo Bôscoli, então marido dela, queria participar da audição, mas Menescal proibiu."Só a cantora, dona do disco, tem o direito de ouvir o resultado neste momento", disse. Foi com ela para um quarto da casa que tinha muitas tralhas e um toca-discos, trancou a porta, pôs o LP na agulha e deixou tocar. Elis Regina escutou o disco do início ao fim sem falar absolutamente nada. Ao final, ela abriu um sorriso e falou (com essas palavras): "P*rra, eu sou f*da para escolher repertório!". Foi aí que Menescal concluiu que efetivamente tinha feito um ótimo trabalho, capaz de sensibilizar a intérprete a ponto dela admitir ter escolhido as músicas, mesmo não tendo.
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É isto, meus amigos. Quanto mais encontro com Roberto Menescal, mas compreendo como ele conseguiu tantos bons resultados ao longo de sua vida profissional. Um cara efetivamente fora de série.
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04/01/2012

MENSAGEM RECEBIDA DO LEITOR MAX BARRETO

A mensagem abaixo, incluindo a foto, foi postada no Facebook por Max Barreto, leitor de "Pelos caminhos da Estrada Real", que muito me lisonjeou com esta declaração espontânea.

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Para quem deseja fazer turismo mineiro regado a poesia de um artista premiado, este é um ótimo caminho: Felipe Cerquize em Pelos caminhos da Estrada Real. Leiam!

Max Barreto lendo "Pelos caminhos da Estrada Real"

22/12/2011

PARCERIA DE NATAL FEITA COM O POETA MANO MELO

Felipe Cerquize e Mano Melo

Eu e o poeta Mano Melo acabamos de compor uma parceria intitulada "Poema de Natal". Para ouvir, é só clicar no link http://snd.sc/tKYnjg . A letra está logo abaixo.

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Aproveito para já antecipar meus desejos de ótimas festas de fim de ano e um 2012 repleto de realizações pessoais e profissionais a todos.
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Abraços!

POEMA DE NATAL
Música: Felipe Cerquize
Letra: Mano Melo

Que este natal
Seja um nascimento
Cimento e cal
Para o concreto
De seus projetos

Seja a semente
Daquele passo adiante
Que você sempre quis
Saúde Felicidade
Trabalho Prosperidade
Para você sua família
Seu povo sua cidade
E seu país

Que você realize
Todos os sonhos do coração
Seu jardim floresça
Seus filhos cresçam
Que tudo de bom lhe aconteça
E também aos que você ama

Que seus negócios se multipliquem por mil
E tudo que está bom
Seja ainda melhor

Que a dor e a tristeza
Não tenham lugar à mesa
Tudo do bom e do melhor
Para você e para os seus
Com as graças de Deus

14/12/2011

"PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL" COMO BRINDE 3

Mais uma empresa manifestou interesse e adquiriu exemplares do livro PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL para dar de brinde neste final de ano. Desta vez foi a LILIANE CARNEIRO COSTA CONSULTORIA IMOBILIÁRIA, situada à avenida Luiz Paulo Franco, 963, LOJA 8, bairro Belvedere (Belo Horizonte - MG).
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Agradeço à proprietária da empresa, Liliane Carneiro Costa, pelo incentivo dado, que muito me lisonjeou e que me estimula na continuação desse trabalho, que objetiva mostrar uma parte do nosso país possuidora de uma riqueza cultural fantástica.
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Para quem quiser saber um pouco sobre a empresa, é só acessar o link http://www.lccempreendimentos.com.br/. As pessoas físicas ou jurídicas, interessadas pelo livro, favor me contactarem aqui pela caixa de mensagens do Facebook ou pelo e-mail cerquize@gmail.com
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Logo da empresa compradora do livro

Capa, contracapa e orelhas do livro "Pelos caminhos da Estrada Real"

10/12/2011

NOVA PARCERIA COM MÁRCIO BORGES

Felipe Cerquize e Márcio Borges
Com uma alegria incomensurável, apresento para vocês a minha terceira parceria com esse poeta e letrista de quem sou fã desde os treze anos de idade, quando comecei a fazer minhas primeiras canções em um bairro longínquo da antiga Zona Rural da cidade do Rio de Janeiro. Jamais me passou pela cabeça tornar-me parceiro desse ícone da música brasileira, até que, há mais ou menos três anos, nós nos conhecemos e, felizmente, houve uma sintonia artística e pessoal, que nos permitiu um trabalho conjunto.
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No link: http://snd.sc/uU323l e também no topo desta página, está uma gravação caseira dessa nossa terceira parceria, que se chama "Nossos filhos". Depois de alguns episódios emocionais, que me fizeram parar e voltar para a gravação, saiu esta, em que pelo menos consegui uma certa afinação. Abaixo, está a letra do Márcio.
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Espero que esse nosso novo trabalho seja agradável para vocês.
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NOSSOS FILHOS
Música: Felipe Cerquize
Letra: Márcio Borges
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a semente mais nova é um sol
a clareira mais clara um luar
o meu lar é a estrela da manhã
juventude recreio escolar
luz no amanhecer
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os nossos filhos são frutos de outro pomar
no nosso terreiro tão particular
terceiro planeta de uma estrela só
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aos nossos filhos devemos chamar atenção
da nossa pequena fatal condição
sós na beira-mar
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o planeta que um dia vou deixar
de saudade eu quero inundar
vou chorar e vou agradecer
este tempo que eu tive pra viver
luz no entardecer
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tantos filhos que eu tive que criar
eu a eles quero dedicar
todo o meu ser
luz no anoitecer
luz no anoitecer
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04/12/2011

"PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL" COMO BRINDE 2

Mais uma empresa manifestou interesse e adquiriu exemplares do livro PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL para dar de brinde a seus clientes neste final de ano. Desta vez foi a HOMERO COSTA ADVOGADOS, situada à rua Ceará, bairro Funcionários (Belo Horizonte - MG). Trata-se do primeiro escritório de advocacia de Minas Gerais, que funciona ininterruptamente desde 1918.

Agradeço ao representante da empresa, Stanley Martins Frasão, pelo incentivo dado, que muito me lisonjeou e que me estimula na continuação desse trabalho, que objetiva mostrar uma parte do nosso país possuidora de uma riqueza cultural fantástica.

Para quem quiser saber um pouco sobre a empresa, é só acessar o link http://www.homerocosta.adv.br/ . As pessoas físicas ou jurídicas, interessadas pelo livro, favor me contactarem aqui pela caixa de comentários do Facebook ou pelo e-mail cerquize@gmail.com

Abraços!
Capa do livro "Pelos caminhos da Estrada Real"

Logomarca da Homero Costa

02/12/2011

NOVA PARCERIA EM TRILHA SONORA DE NOVELA

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COMO VENTO é uma parceria minha com Célio Mattos e compõe a trilha sonora da novela MAR SERENO, que está sendo lançada pelo grupo SPETÁCULOS e pode ser vista no site http://www.spetaculos.com.br/
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Abaixo, está a letra. No link http://snd.sc/uAXvMO , pode ser ouvida a canção.
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COMO VENTO
Música: Célio Mattos
Letra: Felipe Cerquize
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A morte é um blecaute
sem direito à reclamação.
A sorte é o esmalte
que esconde a esganação
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A rosa-dos-ventos avisa
com quantos nós se faz uma brisa.
O galo do tempo indica
qual o caminho que se modifica.
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Língua solta à espera da mosca
como parte da verdade tosca.
Língua presa à espera de ajuda
como parte da verdade muda.
..
Segue o sopro movendo o mundo,
segue a brisa desse amor fecundo.
Versos, flores, frutos e sementes
como vento em dias comoventes.
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29/11/2011

"PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL" COMO BRINDE

A empresa REGIL REPRESENTAÇÕES TÊXTEIS comprou o livro PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL para dar de brinde a seus clientes neste final de ano.
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Agradeço ao diretor da empresa, Reginaldo Gil, por este incentivo privado à cultura, que muito me lisonjeou, tendo em vista ter sido uma manifestação espontânea de um empresário antenado na cultura do seu estado, Minas Gerais.
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Para quem quiser saber um pouco sobre a empresa, é só acessar aqui. As pessoas físicas ou jurídicas, interessadas pelo livro, favor me contactarem pela caixa de comentário deste blog ou pelo e-mail cerquize@gmail.com  

Capa do livro "Pelos caminhos da Estrada Real"

Figura da página principal do site da Regil