15/05/2011

ESTRADA REAL I

Cá estou eu, de novo, falando das minhas aventuras e desventuras pela Estrada Real.
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Saí de casa, hoje, por volta das 13:00 h, com destino a Santos Dumont (MG), distante cerca de 240 Km de Campo Grande, bairro em que moro no Rio de Janeiro. Sol a pino, trânsito tranquilo e a alegria de recomeçar. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o preço do pedágio na BR-040, que continua o mesmo de dois anos atrás, quando fiz a primeira viagem pela Estrada Real. Uma situação estranha e atípica neste país, onde tudo é motivo para reajuste e desserviço à população. Quando cheguei à última praça de pedágio (são três), perguntei à atendente quantos quilômetros eram dali a Santos Dumont e ela me disse faltarem cerca de 40 Km, mas que, antes disso, eu iria encarar um engarrafamento, logo depois de Juiz de Fora, devido ao tombamento de uma carreta na pista sentido Belo Horizonte. E foi assim que aconteceu. Fiquei meia hora parado, próximo de Juiz de Fora, esperando a liberação da BR-040 para continuar a viagem.
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Já passava das 16:30 h, quando o trânsito foi liberado. Mais meia hora e cheguei à entrada de Santos Dumont. Confesso que me bateu um certo desapontamento, quando avistei a cidade, um aglomerado de casas sem grande planejamento e sem evidências de relíquias arquitetônicas que me remetessem ao período colonial ou a alguma referência histórica notória. Adentrei pela via principal da cidade e a impressão foi de um município grande e desorganizado, não parecendo ter apenas os 40000 habitantes informados no site www.estradareal.org.br. Esse mesmo site cita algumas atrações turísticas, tais como um monumento com o avião 14 Bis e uma réplica da Torre Eiffel, ambos bastante depreciados e sem cuidados. Mesmo com essa impressão negativa, parei e perguntei sobre a localização do Villa Dumont, hotel com boa referência no Guia Quatro Rodas. Estava lotado. Os hotéis Campestre e Country São Luiz, duas outras referências, também estavam sem vaga, consequência de novos projetos que estão levando à ocupação de todos os hotéis por técnicos da Companhia Brasileira de Carbureto de Cálcio, produtora de ferro e silício metálico, que são exportados para vários países. Já estava escurecendo e, sem alternativas, perguntei à recepcionista do Country São Luiz onde haveria a possibilidade de me hospedar por perto e ela me indicou o Hotel Chalé de Minas, 25 Km adiante, na BR-040, já em Correia de Almeida, que é um distrito do município de Barbacena. Diante da falta de alternativa e com o impacto da primeira impressão, resolvi seguir para o hotel sugerido, onde estou agora. De bom, quando cheguei ao hotel, foi o jantar bem mineiro que comi no restaurante. Um virado com arroz, linguicinha e carne, acompanhado de uma deliciosa costelinha de porco e um ovo frito com gema mole. De sobremesa, um magnífico curau de milho verde.

Hotel Chalé de Minas - Correia de Almeida (MG)

Restaurante Panela de Minas - Correia de Almeida (MG)
.Esses foram os primeiros quilômetros dessa minha viagem. Como o destino quis assim, amanhã, irei com minha mulher até a casa de uma prima dela, que mora aqui em Correia de Almeida e depois sigo para Cristiano Otoni e Conselheiro Lafayete.
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Abraços!

VOO BAIXO
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Santos Dumont:
sobrevoei a cidade
e vi sua realidade.
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Nem tudo são flores
no mundo real.
Nem tudo são cores
no mundo virtual.
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Passei voando baixo
e só vi o que não quis:
vento forte como a brisa,
Eiffel com jeito de Pisa
e o avião 14 Triz.
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Felipe Cerquize
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2 comentários:

Anônimo disse...

vi sua reportagem sobre Santos Dumont e não gostei.a minha impressão é que você já conhecia a cidade afinal quem tem um parente a 25 Km da cidade provavelmente já passou por ela.A cidade de Santos Dumont tem pontos turísticos muito bom e na estrada real tem fazendas maravilhosas que com certeza você não viu.acho que deveria se informar mais.

FELIPE CERQUIZE disse...

Ok. Por favor, relacione para mim os pontos turísticos que você considera relevantes, em Santos Dumont, que da próxima vez os visitarei e passarei minhas impressões. Obrigado pelo comentário. Um abraço!