28/11/2010

DE REGGIO CALABRIA PARA ROMA

Ontem (27/11), aproveitei para ver um pouco do comércio de Reggio Calabria e descobri coisas com preços fantásticos. Essa cidade é a terra de Valentino e de Versace, onde se pode comprar tecidos de seda e de linho por preços impossíveis de se conseguirem no Brasil. Comprei alguns cortes de seda, a pedido de algumas pessoas da terrinha, e queimei um terço do prêmio comprando alguma coisa de cama e mesa em linho finíssimo (A "muié" vai gostar. rs rs). A Calábria também é terra de mafiosos perigosíssimos, que usurpam a população e, de vez em quando, deflagram brigas entre famílias, que põem a cidade em polvorosa. A última de porte, segundo me contaram, foi em 2007, quando, no total, morreram 34 membros de duas famílias poderosas da cidade, tudo por causa de uma discussão de rua entre dois adolescentes, um de cada clã. A doze quilômetros de Reggio, está a Cecília e o vulcão Etna, sempre fumando, apesar de há muito tempo não haver uma erupção que traga prejuízos para as populações vizinhas (a última foi há mais ou menos três anos, mas a lava não chegou a atingir as cidades). Reggio Calabria sofreu um grande terremoto, em 1908, o que levou a uma reconstrução que descaracterizou mais da metade dos prédios que lá existiam, antes predominantemente em estilo greco-romano. Hoje, muitos dos prédios lá existentes seguem uma linha meio quadradona, típica do período fascista.

Depois das compras, no início da tarde, almoçamos num outro restaurante típico e, em seguida, fui para a estação ferroviária, onde peguei o trem Euro Star, que fez o circuito Reggio Calabria - Roma em cerca de seis horas de viagem. Cheguei a Roma eram mais ou meno 23:30 h. Depois disso, nada a fazer, a não ser desabar na cama e desmaiar.

Hoje, pela manhã, depois do café, já bati pernas para ir ao Vaticano. Impressionante o luxo que é a Basílica de São Pedro e os museus que a circundam. O Vaticano é a prova viva do quanto a Igreja Católica espoliou a humanidade. Tudo em ouro, prata, mármore carrara, marfim e outras riquezas mais. Pelo incrível que pareça, mesmo com tudo isso, ainda tem uma pessoa que passa a sacolinha durante as missas que celebram, de hora em hora, dentro da basílica. Para entrar nos museu do Vaticano é uma fila quilométrica. Consegui chegar ao portão de entrada quando faltavam dez minutos para fechar e valeu a pena. A arte que se vê no museu é de um valor inestimável. A mais impressionante de todas é a capela Sistina, onde é proibido filmar e fotografar, mas, com meu jeitinho brasileiro, em pleno Vaticano, consegui driblar a guarda e fazer algumas filmagens rápidas, além de fotos, claro (enquanto os guardas gritavam "NÃO PODE FILMAR, NÃO PODE FOTOGRAFAR!"). Ainda esta semana, mostro algumas dessas fotos por aqui.

Terminado meu calváreo pelo Vaticano, peguei o metrô e fui até a Fontana di Trevi, que realmente é lindíssima. Joguei minha moedinha nela e deixei meus desejos por lá. Também tirei várias fotos da fonte e das cercanias. Por ali, também aproveitei para almoçar num restaurante que tinha na fachada tão somente o nome Taberna. Lá, encontrei uma garçonete brasileira e aproveitei para colocar o velho e bom português em dia. Quando acabei o almoço já eram 16:30 h e começava a escurecer (aqui em Roma, às 17:00 h, já está escuro). Cansado, mais ainda entusiasmado, saí caminhando até chegar ao Coliseu, que é um prédio (monumento) absolutamente fantástico, com dois mil anos de História nas costas. No caminho, passei por várias ruínas, pelo portal do imperador Adriano, pelo milenar Fórum Romano etc. etc. etc.

Cansado, mas "felice pra carajo". Acho que é assim que posso descrever este meu momento, agora, no quarto do horel "Paris in Rome", que fica na Via Firenze, pertinho da estação ferroviária central de Roma. Amanhã ainda estarei o dia inteiro por aqui e pretendo falar alguma coisa a mais procês. Abaixo, mais duas fotos: uma do BERGAMOTO, fruto símbolo da cidade de Reggio Calabria, que só existe nessa região da Itália, e outra comigo na estação ferroviária, partindo para Roma. Algumas das fotos que tirei em Roma, mostro na próxima mensagem (ainda não baixei para o meu computador).
Bergamoto - Fruto símbolo da cidade de Reggio Calabria

27/11 (17:00 h) - De partida para Roma

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