30/09/2008

UMA PARCERIA

NA PALMA DA SOLIDÃO
Música: Célio Mattos
Letra: Felipe Cerquize

Arranco versos da laringe.
Nenhum poeta finge,
só tinge a escuridão.

Nenhum poeta mente,
só sente
o remanescente clarão.

Amigos têm o mesmo defeito
e sentem isso no peito,
quando chegam à perfeição.

Poetas sempre carregam o vício
de enxergar o fim no início.
Talvez não tenham razão.

A razão vai à loucura,
quando encontra a rasura
na palma da solidão.

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